sábado, 28 de maio de 2011

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Uma sábia canção diz que o poeta não morreu,
Que ele foi ao inferno e voltou
E mudará o mundo com seus moinhos de vento...

Já fui ao inferno e voltei algumas vezes,
Não peço pra mudar o mundo,
Eu só quero mudar a vida dela...

Sou um poeta que reconhece que o amor existe
Mas não acredita nele ainda assim,
Qual o meu problema?

Nunca fui de desistir,
Mas acho que dessa vez estou desistindo de tudo,
Não quero mais viver, não estou aguentando agora, imagina depois...

Desisti da minha vida,
Desisti do meu amor,
Se é pra sentir essa dor, que seja direito,
Que eu vá pro inferno e me arrependa eternamente
Por nunca ter olhado-a nos olhos e ter dito o que queria...

Meu corpo treme de tanta dor,
De tanto frio...
No início ela não era humana, mas agora é uma,
Mesmo com algumas recaídas...

Estou feliz por minhas presses terem sido atendidas,
Estou trocando de lugar com ela,
Só que estou mudando as coisas,
Vou fazê-la viver e morrer em seu lugar...

Talvez se ela soubesse disso fizesse alguma besteira,
Mas não posso deixar,
Até porque se ela morre eu teria que quebrar uma promessa e me matar também...

É tão dificil amar,
É tão dificil vê-la sentir essa dor e não poder fazer nada,
Não peço mudar o mundo,
Eu só peço que ela mude um pouco, que ela viva...

Nesse frio só consigo pensar e fumar quando da,
Só fico sendo carregado pelo vento com poucas roupas,
Sentindo o frio e a dor correr pelo corpo todo,
Estou me sentindo como no passado que me uni a morte...

Ela pede conselhos,
Ela desabafa sua dor,
Mal sabe ela que já passei pela maioria mas não posso ajudar,
Não porque não quero,
Mas porque ela tem que se ajudar
E pelo fato dos nossos mundos serem diferentes...

Adoraria vê-la amando, mesmo sabendo que não seria eu,
Mas ainda assim iria adorar,
Não posso mais falar de amor com ela
Já que não acredito mais nele,
Eu posso estar amando-a, mas prefiro não dizer mais,
Não mudaria nada e ela já sabe,
Só quero descansar, não durmo a tantos dias,
Só tenho pesadelos...

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